Anvisa divulga 13º Boletim de Serviços de Hemoterapia
Publicação analisa dados das inspeções sanitárias realizadas em 2020 nos serviços de hemoterapia brasileiros.
Atenção, integrantes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e setor regulado! Já está disponível para consulta o 13º Boletim Anual de Avaliação Sanitária em Serviços de Hemoterapia. Os dados que compõem a publicação são referentes às inspeções realizadas em 2020 nos serviços de hemoterapia brasileiros, a partir do Método de Avaliação de Risco Sanitário Potencial (Marp-SH).
O Marp-SH, ferramenta desenvolvida pela Anvisa em parceria com as vigilâncias sanitárias de estados e municípios, permite avaliar e classificar os serviços conforme sua adequação à legislação sanitária. Assim sendo, quanto maior o percentual de adequação, menor a possibilidade de riscos envolvidos em procedimentos transfusionais. O método permite a classificação dos serviços de hemoterapia inspecionados em cinco categorias de risco potencial: baixo risco, médio-baixo risco, médio risco, médio-alto risco e alto risco.
Análise dos dados
O país conta com 2.175 serviços de hemoterapia, segundo levantamento de 2019. No total, 465 foram avaliados com o Marp-SH. Desses, em relação ao risco potencial em 2020, a distribuição percentual foi a seguinte:
Mais de 92% dos serviços inspecionados e avaliados em 2020 estão classificados nas categorias baixo, médio-baixo ou médio risco potencial, cujos valores representados na tabela correspondem à média dos últimos seis anos.
Entre as principais não conformidades nos serviços de hemoterapia aparecem: gestão de qualidade/ausência de auditoria interna (45,17%), estrutura física/falta de projeto arquitetônico aprovado pelo órgão competente (37,98%) e gerenciamento de resíduos/ treinamento de equipe envolvida no manejo de resíduos de serviços de saúde (31,46%), seguido por recursos humanos/programa de capacitação com acompanhamento e avaliação (31,24%) e equipamentos e dispositivos/registro de qualificação dos equipamentos (30,34%).
Impacto da pandemia
A cobertura dos serviços avaliados em 2020 (21%) sofreu forte impacto causado pela Covid-19, uma vez que os dados dos últimos oito anos revelam uma média de inspeção anual de 53% dos serviços de hemoterapia. Para se ter uma ideia, as inspeções sanitárias se concentraram nos meses de outubro e novembro, demonstrando, portanto, a retomada das inspeções no período de arrefecimento da pandemia.
Segurança sanitária
O monitoramento constante dos serviços de hemoterapia é de fundamental importância para os processos de transfusão e de ciclo de sangue, de modo que se implemente, quando necessário, ações corretivas e de aprimoramento. Os procedimentos dos serviços de hemoterapia envolvem riscos que podem comprometer a saúde de doadores, profissionais e pacientes.
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