Abram alas para a saúde passar!
O Carnaval está aí e, com ele, as dicas da Anvisa para que a festa não termine antes da hora.
A depender de sua personalidade e preferências, o Carnaval representa dias de descanso ou dias de muita festa. Se você é do tipo folião, leia esta matéria e boa diversão! Se você não faz o tipo folião, compartilhe esta matéria com amigos e familiares que curtem o agito.
Espuma de carnaval
Vamos começar pelo spray de espuma, bastante comum em blocos e bailes carnavalescos e que pode causar alergia e irritação na pele e nos olhos. A “espuma de carnaval” contém elementos como gás propelente, produto inflamável usado em aerossóis, e também uma substância (dietanolamida de ácido graxo) que tem potencial para danificar o cabelo e o couro cabeludo, além de inibidores de corrosão usados na indústria da construção civil para proteger estruturas metálicas. Após a utilização desse produto, lave e seque as mãos.
Em caso de contato com os olhos ou a pele, lave imediatamente com água em abundância. Se houver ingestão da espuma, não provoque vômito e consulte imediatamente o Centro de Intoxicações ou um médico. É importante levar o rótulo do produto.
Cosméticos
A utilização de cosméticos costuma se intensificar nesse período. É um penteado aqui, uma pintura ali... Para evitar efeitos indesejados ou inesperados, não utilize produtos irregulares, ou seja, produtos não autorizados pela Anvisa. Leia atentamente o rótulo do produto e siga as orientações do fabricante.
Os produtos cosméticos são seguros quando usados corretamente. Realize sempre testes de alergia em uma pequena área da pele antes de aplicar o produto e não use o produto se estiver com a pele, os olhos ou outra parte do corpo com alguma irritação. Evite o contato do produto com os olhos. Se mesmo assim o produto entrar em contato com os olhos, lave-os com água corrente por, pelo menos, 15 minutos. Deu ruim? Procure assistência médica em caso de evento adverso e notifique o problema à Anvisa.
Consumo de alimentos
Nenhum fã de carteirinha da festa do Momo deseja que a folia termine antes da hora. Para que isso não ocorra, deve-se evitar doenças causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos no mundo. A maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e outros parasitas.
Embora os cuidados devam ser rotineiros, no Carnaval a atenção tem que ser redobrada devido ao aumento do número de refeições fora de casa e ao consumo de produtos em bares, barracas de praia, food trucks e aqueles vendidos por ambulantes. Também entra na lista o cuidado com a higiene pessoal. Ou seja, lave as mãos antes de comer, depois de ir ao banheiro e após o manuseio de objetos sujos.
Os estabelecimentos que comercializam comida e bebida devem estar limpos e demonstrar cuidado com a qualidade. Observe se os manipuladores de alimentos usam proteção no cabelo, como redes ou toucas. Se for um self-service, é preciso ter uma barreira de proteção no balcão de distribuição, a fim de evitar a contaminação pelos próprios clientes, enquanto se servem. Na rua, preste atenção aos quesitos de limpeza, acondicionamento, aspecto e embalagem dos alimentos, bem como à apresentação pessoal dos ambulantes.
Também é recomendável evitar alimentos malcozidos ou mal-assados (carnes e derivados) e preparações culinárias que contêm ovos crus (gemada, ovo frito mole, maionese caseira). Seja qual for o local da compra, os alimentos devem estar fora do alcance de insetos, roedores e outros animais.
Uso de camisinha
O Carnaval também é um momento de conscientização e cuidado com a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), especialmente por meio do uso de preservativos. A popular camisinha é capaz de evitar a contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids, além de prevenir doenças como a sífilis, alguns tipos de hepatite e outras ISTs. Além disso, é uma forma segura de evitar gravidez indesejada.
Para garantir a segurança e a eficácia desses produtos, a Anvisa estabelece regras que devem ser atendidas por fabricantes e importadores. Antes de obter o registro junto à Agência, os preservativos passam por rigorosos testes de avaliação de segurança, eficácia e qualidade, estabelecidos por regulamentos nacionais e internacionais.
Os preservativos masculinos de látex de borracha natural, por serem o tipo mais comum, são submetidos à certificação compulsória, conforme normas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Algumas substâncias presentes na camisinha, tais como o próprio látex e os lubrificantes, corantes e aromatizantes, além de compostos como espermicidas, podem causar alergia. Como alternativa aos preservativos constituídos de látex de borracha natural, são disponibilizados os preservativos sintéticos (geralmente constituídos por borracha de látex sintética ou poliuretano).
Automedicação
Enfiou o pé na jaca? Ou seja, bebeu demais, comeu inadequadamente e pulou além da conta? Em muitos desses casos, lá vem o bloco que ninguém quer: ressaca, dor de cabeça, enjoo e dores musculares. Nessa hora, muitas pessoas recorrem aos medicamentos de venda livre, disponibilizados mediante autosserviço nas farmácias e drogarias.
Se você se automedicar, é fundamental fazer uso correto dos medicamentos e não prolongar o seu uso ou aumentar a dose de forma indevida. O texto da bula deve ser sempre consultado e respeitado.
Remédios para dor de cabeça, gripe, má digestão e outros tipos de mal-estar têm efeitos colaterais mais brandos, mas têm. Portanto, não devem ser usados por muito tempo. Alguns medicamentos para dor de cabeça, por exemplo, não devem ser combinados com álcool.
Olho na bula! Veja o modo correto de uso, a possibilidade de interação com outros medicamentos, cuidados de conservação e contraindicações, algo superimportante para quem tem alergia ou hipersensibilidade a algum ou a vários dos componentes da fórmula. Solicite a bula mesmo que o medicamento seja vendido de forma fracionada, como, por exemplo, em cartelas com apenas dois comprimidos.
Vale ressaltar que medicamentos de venda livre tratam sintomas pontuais. Cuidado para não mascarar uma doença! Se os sintomas persistirem, procure um médico.
Fonte: Portal ANVISA